No dia 7 passado, com a leitura prazerosa de Guimarães Rosa, reuniu-se mais uma vez o Sempre um Livro. Após a leitura da “prece inicial”, o pequeno conto de Rafael Rodrigues chamado “Como você fosse um banqueiro anarquista”, do livro O escritor premiado e outros contos, diversos temas orbitaram a obra Sagarana. Os textos que o autor excluiu da obra propositalmente, quando de sua publicação, em 1946, por exemplo. Vale acrescentar que alguns membros fizeram a leitura do texto “Bicho mau”, que figurava na primeira redação do livro.
Surgiram no diálogo, ainda, as figuras de Jorge Amado (em referência ao comentário exibido no texto Guimarães Rosa: um baiano de sangue) e a de Graciliano Ramos, que chegou a avaliar a obra quando concorrente num concurso com o nome “Contos”.
A singularidade do escritor João Guimarães Rosa foi destacada por todos, dizendo-o universal em sua literatura, e sendo o livro de uma leitura extremamente aprazível.
Os riscos da leitura de auto-ajuda (e as incansáveis citações de internet), a fenomenologia filosófica, a política, o cenário de leitura… Tantos e tantos temas tangenciaram esta que foi uma das leituras mais bem recebidas pelos integrantes do Sempre um Livro.
VOTAÇÃO
Para o mês de julho, foi selecionada para leitura a seguinte obra: Bodas de Sangue, de Frederico García Lorca. Ela concorreu com Pedro Páramo, de Juan Rulfo; Contos fantásticos, de Guy de Maupassant; O analista de Bagé, Luiz Fernando Veríssimo; Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire; Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antônio de Almeida; e Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues.
Ainda sob votação, a nova integrante Isabella Brandão foi efetivada, e ainda emplacou a indicação.