Ontem, dia 4 de agosto, reuniu-se mais uma vez o Sempre um livro.
A “prece inicial” acabou ficando nas mãos da anfitriã Isabella, que para já ambientar o encontro à poesia e à escrita de García Lorca, leu três pequenos poemas do autor, a saber, A Lua e a Morte, O Punhal e O Mar.
Abordamos durante o encontro, além de questões intrínsecas à obra Bodas de Sangue, a epigênese da tragédia retratada em tal obra. Após ler uma notícia de jornal, em 1928, que falava de uma tragédia semelhante à retratada na obra, García Lorca decidiu escrever algo inspirado nessa notícia.
Isabella, inclusive, levou uma edição que continha a reprodução da notícia lida por Lorca, saída no jornal espanhol ABC. Outro texto do mesmo jornal espanhol, só que de 1933, foi levado por Ailton. O texto era uma crítica da época em relação à encenação da peça, feita pela primeira vez no dia 8 de março daquele ano.
Em relação à obra em si, ficou acentuado aquele ar de tragédia inevitável que a peça transmite, a centralidade de importância das personagens da mãe e de Leonardo e a redução dramática e ascenção poética do terceiro ato, muito nítida para nós e também para a crítica da época.
VOTAÇÃO
A obra escolhida para o mês de agosto foi O Dédalo – Para finalizar o século XX, de Georges Balandier, indicada pelo Ivan. Além dela concorreram também: A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, de Max Weber, indicada pela Rita; Passado e Presente dos Verbos Ler e Escrever, de Emília Ferreira, indicada pelo Ailton; A Volta do Parafuso, de Henry James, indicada pela Isabella e Sidarta, de Hermann Hesse, indicada pelo Rogério.